Entrevista com o presidente da AAMAR, Sérgio Paranhos, concedida por email ao Jornalista João Sampaio, Diretor do Jornal Acontece
Passado pouco mais de um ano de implantação da AAMAR Capelinha, que balanço a diretoria faz?
O balanço que fazemos é bastante positivo, tendo em vista o grande número de pessoas que tem buscado ajuda e frequentado as reuniões que acontecem semanalmente. Isso mostra o quanto Capelinha precisava de um grupo de apoio aos dependentes químicos e às suas famílias. Outro fato que nos surpreendeu foi a forma como a sociedade abraçou a causa, haja vista a doação do terreno para o centro de recuperação, que imaginávamos demorar pelo menos cinco anos.
Já está tudo resolvido em relação à doação da área do antigo Moinho do Salto para a AAMAR, realizada pela ACIAC? A área já é de posse de fato e de direito da AAMAR? Como foi o processo?
Sim, a AAMAR tem a posse e a propriedade da área de 27 hectares. Graças à ACIAC (Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de Capelinha), o sonho de ter uma área própria para implantar o projeto de recuperação em Capelinha virou realidade. Por unanimidade, a diretoria da ACIAC, em deliberação de assembleia ordinária, aprovou o repasse da área. O ato já está registrado em cartório e a área foi oficialmente entregue. Estamos de posse e guarda do local.
Qual o cronograma de implantação do Centro de Recuperação de Dependentes Químicos, cujo projeto foi apresentado no dia 22 de novembro? A reunião que fizemos na Florae contou com a presença de cerca de 220 pessoas de vários segmentos da sociedade. Apresentamos o projeto mostrando que o cronograma dependeria do grau de envolvimento da sociedade, bem como do apoio financeiro necessário, uma vez que a AAMAR não dispõe de recursos suficientes para tal. Percebemos que as pessoas entenderam a importância e a relevância desse projeto e foi grande o número de pessoas e empresas que se dispuseram a nos ajudar.
Que ações estão previstas para subsidiar financeiramente essa implantação?
Várias ações estão sendo planejadas para que esse projeto se concretize o mais breve possível. Vamos fazer leilão de bezerros, rifas, bingos, bazares, venda de camisetas, carnês de pagamento mensal, débito em conta, troco solidário, além de recebermos doação de material de construção e mão de obra. Enfim, estamos buscando todos os tipos de ajuda que envolva a comunidade de Capelinha e região.
Quais os principais desafios, neste momento, no processo de implantação e consolidação da AAMAR?
A AAMAR já está implantada em Capelinha desde o dia 6 de agosto de 2015, quando da primeira reunião na Florae. A consolidação virá com a implantação do Centro de Recuperação com capacidade para abrigar em torno de 40 internos e ajudará muitas pessoas e famílias que sofrem com a dependência química.
Para o futuro? Quais são os planos e metas da AAMAR?
Nosso sonho é ver a AAMAR ajudando e resgatando pessoas e famílias que sofrem com a dependência química nos mesmos moldes do que já é feito em Itamarandiba, onde cerca de 300 pessoas alcançaram a sobriedade e a paz em seus lares nos últimos dez anos. As pessoas que saem do tratamento se envolvem no trabalho de ajuda aos que ainda necessitam receber auxílio. Essa é a nossa meta: contagiar as pessoas numa verdadeira corrente do bem, para que possamos viver numa sociedade mais digna e preocupada com o próximo.
Quem quiser participar da AAMAR, ajudar nas suas atividades, enfim, contribuir de alguma forma, como deve proceder?
É preciso que as pessoas conheçam a AAMAR! Participar das reuniões que acontecem todas as quintas-feiras, na sede da AAMAR, situada à Rua das Flores, 728, é uma forma de ajuda. Sugerimos ainda que as pessoas visitem o nosso site (aamar.com.br), que possui informações importantes sobre o trabalho.
Fonte: Jornal Acontece – Edição 84 – Dezembro de 2016 | Portal Eletrônico do Jornal Acontece (jornalacontece.net) | É permitida a reprodução deste conteúdo por outros meios de comunicação, desde que citada a fonte integralmente.