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Quem decidiu receber a dose de vacina contra a febre amarela em Capelinha, nesta terça-feira, dia 17, teve de esperar entre 3 horas e 4 horas para ser atendido. É que, por decisão da Secretaria Municipal de Saúde, a vacinação da população acima de cinco anos de idade foi toda concentrada em um único local, a Escola Estadual Coronel Coelho, no Centro de Capelinha. Os postos de saúde que existem na cidade somente podem aplicar a vacina para crianças abaixo de cinco anos.
A reportagem do JORNAL ACONTECE esteve no Coronel Coelho na parte da manhã e constatou a dificuldade que a concentração em um único local gerou. A fila que se formou era tão longa que chegou a subir a rua Getúlio Vargas, virar na rua Capitão Clementino e descer pela avenida Rio Branco. O tempo médio de espera, segundo informaram algumas pessoas após receberem a vacina, foi de três a quatro horas. “Capelinha tem postos de saúde espalhados em todas as regiões da cidade. Não dá para entender porque esse sofrimento todo”, relatou Poliana Dias de Souza, que mora no bairro Cidade Nova. Ela chegou para tomar a vacina às 11h30, mas resolveu voltar para casa depois de ver o tamanho da fila.
O sol forte piorava a situação. A estudante Julia Ferreira Santos, por exemplo, passou mal por volta das 11h20, enquanto estava na fila, sob intenso calor, e teve de ser levada às pressas para dentro do Coronel Coelho para receber os primeiros socorros. “Ela estava em pé e nesse calorão desde as 9h”, contou a mãe da estudante, Roseli Ferreira da Silva. Para ela, seria muito mais cômodo que a vacina fosse aplicada nos postos, e não em um lugar apenas. “Isso dificultou”, reclamou.
A enfermeira Jaqueline Coelho, que estava ministrando as aplicações no momento em que a reportagem esteve no Coronel Coelho, explicou que a decisão de centralizar as aplicações em um local único se deu para preservar a rotina dos postos. “Os postos atendem outras demandas além de vacinas, como consultas, por exemplo”. Segundo ela, a fila estava muito grande devido à desinformação por parte da população. “As pessoas estão apavoradas sem necessidade. Não faltarão vacinas. Teremos pelo menos 2.000 doses todos os dias”, explicou.
Outra queixa dos capelinhenses que resolveram encarar a fila era quanto à pequena quantidade de profissionais escalados para o Ponto de Vacinação. No horário em que a reportagem esteve no local, apenas dois profissionais faziam as aplicações. A explicação dada é que era horário de almoço, mas que no total a equipe era maior, com cerca de dez profissionais escalados para aplicação das vacinas.
BOLETIM OFICIAL
De acordo com o boletim emitido pela Secretaria de Saúde de Capelinha às 17h desta terça-feira, 17 de janeiro, um total de mil capelinhenses foram imunizados na Coronel Coelho. Também foram imunizados neste primeiro dia 300 moradores de comunidades rurais, e foram destinadas 400 doses para as crianças de zero a 5 anos nos postos de saúde. Apesar das queixas e das longas filas, a estratégia de concentrar a aplicação das vacinas no Coronel Coelho vai continuar nesta quarta-feira, dia 18, e irá até a sexta, dia 20, sempre das 8h às 16h. Mais informações na Vigilância em Saúde, pelo (33) 3516-3812.
INFORME EPIDEMIOLÓGICO
Em 2017, até o momento (17/01), foram notificados 184 casos suspeitos de Febre Amarela, sendo que desses 37 são casos prováveis*, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e exame laboratorial preliminar reagente. Em relação aos óbitos, foram notificados 53 óbitos, sendo que desses, 22 são considerados óbitos prováveis de febre amarela. Essas mortes ocorreram nos municípios de Ladainha (8), Piedade de Caratinga (4), Ipanema (2), Malacacheta (2), Imbé de Minas (1), Ubaporanga (1), São Sebastião do Maranhão (1), Itambacuri (1), Poté (1) e Setubinha (1).
* O termo “caso provável” significa que, apesar de exame laboratorial reagente para a febre amarela, a confirmação final do caso demanda também investigação epidemiológica, históricos de vacinação e deslocamentos desses pacientes.
» Clique no link a seguir e confira, na íntegra, o Informe com a Atualização sobre a investigação de casos suspeitos de febre amarela silvestre, Minas Gerais, 2017 (atualizado em 17/01)
Mais informações em: http://www.saude.mg.gov.br/febreamarela
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