Por João Sampaio, Jornalista e Diretor do Jornal Acontece
Capelinha completa, neste 24 de fevereiro, 104 anos de emancipação político-administrativa. O presente não poderia ser melhor: um novo hospital para atender a população do município, que, basta observar, não para de crescer e demandar por mais e melhores serviços em todas as áreas.
É verdade que o presente será entregue em etapas, pois trata-se de um projeto de grande magnitude, alto custo e complexidade. Mas a notícia dada pelos diretores e conselheiros da Fundação Hospitalar São Vicente de Paulo (FHSVP) representou aquele momento festivo do Natal ou do aniversário em que, antes da entrega dos presentes, o agraciado já é avisado de que será atendido naquilo que tanto desejou e pediu.
Um novo hospital para Capelinha é uma necessidade apontada já há alguns anos. É evidente a disparidade entre o disponível e o necessário.
É, portanto, uma notícia que merece ser comemorada com o mesmo entusiasmo com que, lá na frente – digamos dois ou três anos –, a cidade comemorará a inauguração do empreendimento. Sim, porque, para uma ideia sair do papel e virar realidade, o primeiro passo é movimentar-se.
O presente que Capelinha recebeu, entretanto, precisa do envolvimento de todos os cidadãos para que seja entregue no prazo e condições desejadas. Isso significa que, ao lado e juntamente com os diretores e conselheiros da Fundação Hospitalar, cada um deve se envolver na nobre missão de construir esse sonho que é comum a toda a população.
Um novo hospital para Capelinha é uma necessidade apontada já há alguns anos, dada a precariedade das instalações do prédio atual e as limitações em termos de aparelhagem e equipamentos. Entre a década de 1940, quando o prédio onde hoje funciona o hospital foi construído, e os dias de hoje, a unidade obviamente recebeu ampliações, reformas, adequações e investimentos em melhorias. Mas a cidade cresceu e evoluiu demasiadamente, sobretudo nos últimos dez anos, exigindo do hospital uma carga que ele não mais comporta. É evidente a disparidade entre o disponível e o necessário.
O que cada um de nós, capelinhenses natos ou adotados, pode fazer para ajudar nessa empreitada? Sempre terá uma ação na medida do figurino de cada um.
Soma-se ao crescimento econômico e populacional de Capelinha o fato sabido por todos que a cidade é um polo regional com influência direta ou indireta sobre pelo menos 20 municípios. Destes, são muitos os que, por serem ainda mais carentes na estrutura de saúde pública, não têm outra saída a não ser enviar enfermos para serem atendidos no hospital de Capelinha. E, se aqui o caso não puder ser resolvido, então o doente é enviado para Diamantina, Teófilo Otoni, Belo Horizonte…
Então, não é demais dizer que o projeto anunciado de construção de novo hospital, por si só, representa hoje a melhor motivação para que capelinhenses de todas as idades, faixas de renda e ocupações profissionais se envolvam de corpo e alma em sua construção e funcionamento.
O que cada um de nós, capelinhenses natos ou adotados, pode fazer para ajudar nessa empreitada? Sempre terá uma ação na medida do figurino de cada um. Serão lançadas campanhas variadas; pedidos de doações vão merecer o melhor dos esforços dos empresários, produtores rurais e profissionais liberais; entidades e ONGs de todas as áreas certamente irão aderir de forma espontânea e desinteressada. Por fim, espera-se o pleno envolvimento de autoridades das três esferas governamentais: município, Estado e União.
Esse conjunto de forças agindo de forma consonante, e tal qual uma engrenagem bem lubrificada, será capaz de fazer funcionar o novo hospital dentro do estabelecido no projeto a ser em breve apresentado pelos diretores e conselheiros da Fundação Hospitalar São Vicente de Paulo.
Que cada um se envolva na medida de suas possibilidades, de forma generosa e altruísta, lembrando-se sempre que, colaborando agora, mais rapidamente o sonho se tornará realidade.
Desejamos a todos uma boa leitura! Até a próxima edição, com as bênçãos e sob a proteção divina.