A Comissão do Pró-Água, constituída pelos presidentes das câmaras de vereadores do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha e representantes dos produtores rurais e sociedade civil, participaram de uma reunião, no último dia 2 de dezembro, no escritório da Aperam BioEnergia em Capelinha. A proposta foi dialogar e tratar assuntos pertinentes ao tema de escassez hídrica na região e conhecer programas de proteção ambientais desenvolvidos pela empresa. A agenda contemplou o diálogo como ferramenta de transformação e aprendizados que resultem em formas mais inteligentes e responsáveis de utilização dos recursos não renováveis, sobretudo, diante do atual momento de estiagem.
Um plano de atividades com foco em 2020 foi apresentado para o Pró-Água pelos representantes da empresa contendo a previsão de um planejamento participativo entre os 5 municípios para identificar ações ambientais específicas em cada local; a produção de estudo hídrico em parceria com municípios e universidades, para identificar melhorias na gestão da água na região; intensificar o curso de recuperação de nascentes nas cidades; concentrar o plantio no período chuvoso; intensificar o recuo de plantio para as áreas de preservação ambiental (que hoje já chega a 6 mil hectares).
O presidente da Comissão Pró-Água, Noraldino Gonçalves de Macedo, contou que saiu da reunião com grande satisfação pelas propostas de parceria apresentadas pela Aperam BioEnergia. “A intenção da comissão não é medir forças com nenhuma empresa e nem fazer papel político. Queremos nos unir para amenizar a grave crise hídrica na região”, completou.
Essa foi a percepção do presidente Associação Regional de Proteção Ambiental de Capelinha (ARPA), Otacílio Francisco de Oliveira Junior. Ele revelou que se surpreendeu com o resultado positivo do momento criado pelo Pró-Água. “Tenho visto muitos movimentos gerando embates em torno da falta de água e de chuva na nossa região, o que mais gera problemas do que soluções. Na reunião percebi que estão sendo estruturadas alternativas verdadeiras de curto, médio e longo prazo que, por meio da união de forças, trarão uma solução”, pontuou.
Durante a reunião a empresa apresentou os projetos ambientais e sociais que mantém no Vale do Jequitinhonha e que resultam no reconhecimento de grandes selos, como o prêmio Boas Práticas Ambientais, realizado pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) de Minas Gerais. O prêmio, que já está na terceira edição, reconheceu a boa atuação e gestão ambientalmente responsáveis da Aperam BioEnergia com o projeto “Recuperação de áreas com incremento de resíduos orgânicos”. O projeto prevê a realização de novos plantios nas áreas foco, com o objetivo de recuperar o solo, aproveitando, para isso, resíduos orgânicos tais como casca de madeira proveniente do processo de produção do carvão vegetal. Desde 2006 já foram recuperados 200 hectares e 77 áreas degradadas. A premiação ocorreu em setembro deste ano.
Visitas técnicas em campo e outras atividades serão previstas entre o Pró-Água e a empresa, é o que conta o presidente da Câmara de Vereadores de Capelinha, Wilson Carlos de Abreu (Wilson Coelho). “Agora teremos uma agenda para montar o cronograma de ações, mas, esperamos avançar na parceria para construção de novos piscinões e caixas de contenção nos próximos 90 dias, que é o período chuvoso”, observa.
As caixas de contenção mencionadas por Wilson são reservatórios construídos na área da empresa, onde a BioEnergia acumula água da chuva para utilizar no plantio e na manutenção das florestas renováveis. Atualmente 2.500 dessas estruturas estão instaladas e a cada ano a empresa analisa novos locais para instalação de novas caixas, que protegem os cursos d’água próximo às estradas, as redes de drenagem e as nascentes contra o assoreamento; contribuem para a qualidade do solo na medida que evita a erosão; promovem a regularização do recurso hídrico e abastecem o lençol freático.
Já os “piscinões” impermeabilizados são tanques para acumulação de água da chuva com capacidade para acumular até 100 mil metros cúbicos de água das chuvas que retornam ao sistema. Hoje são 14 piscinões espalhados pelas unidades de produção de carvão e viveiro. A iniciativa foi implantada em 2017. “Utilizamos esses recursos com responsabilidade, dentro de todos os parâmetros legais e seguindo o princípio da melhoria contínua”, comenta Edimar Cardoso, Diretor de Operações.
FONTE E FOTO: REDE COMUNICAÇÃO DE RESULTADO